As flutuações de preço dos sacolões de Belo Horizonte e região causam uma montanha-russa no bolso do consumidor. O site de pesquisa Mercado Mineiro apurou o preço de 34 produtos e encontrou altas de até 39,8%. Em compensação, há baixas ainda mais acentuadas, de até 42,4%.
O alimento que ficou mais caro em comparação a janeiro deste ano foi o pimentão verde, cuja alta de 39,8% representa um salto de R$ 8,03 para R$ 11,23. Ele é seguido pelo mamão Havaí, cujo quilo saltou de R$ 7,28 para R$ 9,98, aumento de R$ 37%, e pela cebola branca, que foi de R$ 7,48 para R$ 9,88, alta de 32%.
A dúzia de ovos, que costuma ficar mais cara na quaresma, aumentou 3,6%, no caso dos vermelhos — de R$ 13,82 para R$ 14,32. Os ovos brancos ficaram 2,6% mais caros, uma diferença de R$ 0,30, e agora são vendidos por R$ 11,83.
“O que nos preocupa é que para o consumidor, principalmente de baixa renda, temos notado que o preço de produtos de primeira necessidade tem demorado muito para reduzir, quando reduz. Vemos pelo próprio arroz e o feijão carioquinha, que estão nas alturas há pelo menos cinco meses. A salada e as frutas são também essenciais. Obviamente, para toda a população, mas esses aumentos de 30% em dois meses pesam mais justamente para a população de baixa renda na hora da compra, porque, querendo ou não, as frutas e legumes são ainda os alimentos mais viáveis da cesta básica, por isso temos que ter o preço acessível”, analisa o administrador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu.
Dos 34 alimentos avaliados, 22 ficaram mais caros. Por outro lado, houve uma baixa de 42,4% do preço do chuchu, que caiu de R$ 7,05 para R$ 4,06. O preço da cenoura também barateou, e foi de R$ 10,38 para R$ 6,93, queda de 33,2%. “O que interfere bastante nesses preços neste momento é essa variação de temperatura. Muito calor, depois muita chuva. Isso prejudica muito a lavoura e chega quase imediatamente ao bolso do consumidor”, continua Abreu.
Como é tradicional, dada a diferença de localização e qualidade dos estabelecimentos, a variação de preço entre sacolões ultrapassa 500%. A mais elevada é a do quiabo, de 568,6% — ele é vendido de R$ 2,99 a R$ 19,99. O preço do pimentão verde, item que ficou mais caro no carrinho, varia 124,3%, e vai de R$ 7,98 a R$ 17,90. O levantamento considera 20 estabelecimentos. O endereço de todos eles e o preço cobrado por cada um estão disponíveis no site Mercado Mineiro.
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