No centro de Belo Horizonte, o bairro tradicional da capital mineira volta a celebrar um ícone da convivência urbana com a reabertura do Café Nice, estabelecimento que atravessa gerações e agora estreia uma nova fase. Localizado na esquina da Praça Sete com a Avenida Afonso Pena, o Café Nice retoma suas atividades após processo de revitalização que envolveu comunidade, instituições de apoio e empresários. A cidade testemunha nessa intervenção uma síntese da memória coletiva associada ao espaço público e à gastronomia local.
A revitalização do Café Nice foi marcada por investimento, cuidado com a conservação de seus elementos históricos e, sobretudo, por um reposicionamento que combina tradição e modernidade. Em Belo Horizonte, o Café Nice mantém o balcão e os azulejos que o tornaram reconhecível, ao mesmo tempo que abraça melhorias na infraestrutura, novos cardápios e produtos personalizados. A reformulação atende não apenas aos habituais frequentadores, mas contempla também turistas e visitantes em busca de experiências urbanas autênticas no centro da cidade.
Para a cidade de Belo Horizonte, a reabertura do Café Nice representa mais do que o retorno de um estabelecimento: simboliza o fato de que o coração urbano não está adormecido. O centro, frequentemente alvo de desafios como o esvaziamento comercial e a descentralização, recebe com esse evento um sinal de que espaços de sociabilização, convívio e cultura têm viabilidade. O Café Nice renasce como ponto de encontro, onde moradores e visitantes podem sentar, conversar, degustar e se reencontrar com o pulsar urbano da capital mineira.
A história do Café Nice se entrelaça com a vida de Belo Horizonte. Ao longo de 86 anos, o café serviu de pano de fundo para conversas, negócios, pausas no dia a dia e encontros informais. A cidade reconhece que preservar esse patrimônio afetivo significa valorizar seus próprios hábitos urbanos, sua gastronomia e seu vínculo comunitário. Em Belo Horizonte, o reestabelecimento do Café Nice reforça que os espaços de convivência são parte integrante da trama social e urbana, e que eles demandam cuidado, participação colaborativa e visão de futuro.
A nova fase do Café Nice traz ainda reflexos econômicos e de turismo para Belo Horizonte. Ao assumir o papel de destino turístico dentro da cidade, o café passa a oferecer não apenas um café coado, um pão de queijo ou uma pausa rápida, mas também atrações visuais — painel histórico, souvenires e uma proposta de permanência no centro de BH. Para quem circula pela capital mineira, o Café Nice agora se posiciona como parada obrigatória, gerando movimento, visibilidade e revertendo parte da estigmatização do centro como zona apenas de passagem ou comércio funcional.
A cidade de Belo Horizonte vive um momento de transição urbana e cultural, e o Café Nice insere‑se nessa dinâmica como protagonista simbólico. A intervenção preservou a alma do lugar ao mesmo tempo em que preparou o espaço para os desafios do presente. Em Belo Horizonte, a revitalização do café reafirma o papel de pequenos negócios e patrimônios locais em manter viva a malha urbana, reforçando a ideia de que o centro não é apenas um lugar de passagem, mas de vida cotidiana, de encontros e de identidade.
A participação de empresas, instituições de financiamento coletivo, entidades de comércio e o apoio da comunidade mostram que em Belo Horizonte a recuperação urbana pode se dar pelo exemplo simbólico. O Café Nice reafirma isso: em seu novo capítulo, o café tem a chance de ser a vitrine de uma cidade que se reconecta com sua história e com seu futuro. A reabertura traz à capital mineira uma narrativa positiva de pertencimento, conexão e renovação.
Por fim, para Belo Horizonte, o Café Nice deixa de ser apenas miragem nostálgica e se transforma em elemento ativo da cidade contemporânea. A reabertura é marco de que tradição e inovação podem caminhar juntas, que o coração da capital mineira pode pulsar novamente com força, que o centro pode voltar a ser lugar de convívio, de trocas, de cultura e de turismo. A capital mineira mostra, assim, que cuidar de seus espaços é também cuidar de sua alma urbana.
Autor: Muhamed Ashar










