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Laboratórios virtuais: Quando usar simulações e realidade aumentada?

Sérgio Bento De Araújo explica quando laboratórios virtuais se tornam ideais para usar simulações e realidade aumentada no aprendizado.
Sérgio Bento De Araújo explica quando laboratórios virtuais se tornam ideais para usar simulações e realidade aumentada no aprendizado.

Segundo o especialista em educação Sergio Bento de Araujo, laboratórios virtuais ampliam o alcance das práticas científicas quando reproduzem fenômenos com fidelidade e oferecem dados mensuráveis para análise. A escolha do formato precisa responder a uma pergunta simples: qual ambiente gera as melhores evidências de aprendizagem para este objetivo específico? Simulações e recursos de realidade aumentada (RA) reduzem barreiras de custo, risco e tempo, sem substituir a investigação prática sempre que ela for segura e viável. Continue lendo e descubra mais a seguir.

Quando a simulação é a melhor escolha?

Simulações computacionais brilham em quatro cenários:

  • Primeiro, processos de difícil observação direta, como dinâmica molecular, órbitas planetárias ou decaimento radioativo;
  • Segundo, situações perigosas ou com reagentes caros, em que segurança e orçamento exigem prudência;
  • Terceiro, sistemas com muitas variáveis, ideais para explorar hipóteses por meio de parâmetros controlados;
  • Quarto, treinos de procedimentos antes da bancada real, reduzindo erros e desperdícios. 

A simulação precisa expor variáveis, registrar dados e permitir repetição rápida, caso contrário vira “vídeo bonito” sem valor formativo.

Onde a realidade aumentada agrega valor?

A RA projeta modelos 3D no espaço físico e ajuda a compreender estruturas e relações espaciais: 

  • Em Biologia, visualizar órgãos em escala e em camadas favorece entendimento de função e interação;
  • Em Química, observar geometria molecular e ângulos de ligação contribui para prever polaridade e reatividade;
  • Em Física, sobrepor vetores de força a objetos do cotidiano acelera a leitura de situações-problema. 

A RA convence quando há interação significativa: rotação, desmontagem, medição e comparação, sempre com tarefas que exigem explicar, justificar e calcular.

Critérios para decidir entre bancada, simulação e RA

A decisão didática depende do objetivo. Se a meta é a dominação de técnica manual, a bancada prevalece. Se o foco recai em modelagem, análise de dados e exploração de variáveis, a simulação entrega mais. Se a dificuldade é espacial, estrutural ou de visualização interna, a RA resolve com eficiência. Anunciar o porquê da escolha do estudante e explicitar quais evidências serão coletadas em cada formato, evitando a ideia de que o digital serve apenas para “encher tempo”.

Na perspectiva de Sérgio Bento De Araújo, simulações e realidade aumentada nos laboratórios virtuais ampliam possibilidades e tornam o estudo mais imersivo.
Na perspectiva de Sérgio Bento De Araújo, simulações e realidade aumentada nos laboratórios virtuais ampliam possibilidades e tornam o estudo mais imersivo.

Avaliação por evidências no ambiente virtual

Avaliar exige produtos verificáveis: relatórios com gráficos exportados da simulação, tabelas de parâmetros testados, justificativas para ajustes e comparação com dados de referência. Em RA, valem capturas com anotações, medidas tomadas no modelo e respostas que conectem estrutura e função. Rubricas devem observar precisão conceitual, coerência entre dados e conclusão, qualidade da visualização e ética no uso de fontes. Como alude o  especialista em educação Sergio Bento de Araujo, incluir um parágrafo de metacognição: o que a simulação ou a RA revelou que a observação comum não mostraria?

Acessibilidade e usabilidade desde a origem

Materiais precisam de contraste adequado, fonte ajustável, descrição de imagens e navegação por teclado sempre que possível. Vídeos e animações com legendas facilitam a compreensão. Aplicativos devem funcionar em dispositivos modestos e oferecer versões leves para conexões instáveis. Conforme explica o empresário Sergio Bento de Araujo, acessibilidade é condição pedagógica: se parte da turma não acessa, o ganho didático se perde.

Privacidade, licenças e proteção de dados

Ambientes virtuais coletam uso, resultados e, às vezes, imagens. A escola deve exigir política clara de privacidade, mínima coleta necessária e exportação de dados para portfólios. Licenças institucionais com suporte documentado protegem a continuidade e evitam surpresas. Como recomenda o especialista em educação Sergio Bento de Araujo, revisar onde ficam armazenadas as informações, quem tem acesso administrativo e por quanto tempo os registros permanecem ativos.

Tecnologia a serviço da evidência

Simulações e realidade aumentada elevam a qualidade da aprendizagem quando conectadas a objetivos claros e avaliação por evidências. A decisão entre bancada, simulação e RA deve nascer do que se quer medir e do que cada formato revela com mais precisão. Como resume o especialista em educação Sergio Bento de Araujo, tecnologia educacional cumprem sua missão quando transforma curiosidade em dados, dados em argumentos e argumentos em compreensão duradoura.

Autor: Muhamed Ashar