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Advogado do Rio de Janeiro é Morto em BH ao Tentar Separar Briga de Casal e é Confundido com Assaltante

Na madrugada do último sábado, 25 de janeiro de 2025, um advogado do Rio de Janeiro, Marvio Blanco Ludolf, de 43 anos, foi assassinado em Belo Horizonte enquanto tentava separar uma briga de casal. O trágico incidente ocorreu quando ele foi confundido com um ladrão e atacado com golpes de canivete por um pedestre que passava pelo local. As informações sobre o crime foram reveladas pelas delegadas Alessandra Wilke e Ana Paula Rodrigues durante uma coletiva de imprensa na segunda-feira, 27 de janeiro.

O conflito que levou à morte de Marvio começou em um bar na praça Raul Soares, na região central de Belo Horizonte. Durante a discussão, a mulher agrediu o companheiro com socos, e o homem reagiu com um tapa, intensificando a violência. A briga, motivada por ciúmes, rapidamente atraiu a atenção de pessoas ao redor, e a mulher gritou que estava sendo roubada, o que gerou uma reação imediata de defesa por parte de transeuntes.

Marvio, que estava em um carro de transporte por aplicativo com um amigo, um policial civil de Pernambuco, decidiu parar para ajudar. Os dois voltavam de uma boate e perceberam a confusão. Sem entender completamente a situação, Marvio tentou segurar o marido da mulher que pedia socorro, acreditando que estava ajudando a resolver a briga.

Infelizmente, nesse momento, um jovem de 25 anos, que também estava passando pelo local e tentava proteger a mulher, se aproximou e desferiu dois golpes de canivete em Marvio. Os investigadores afirmaram que nem o advogado nem o jovem que o atacou conheciam o casal envolvido na briga, o que torna a situação ainda mais trágica e confusa.

Após o ataque, o suspeito do homicídio fugiu do local, mas foi localizado quase 24 horas depois em um prédio residencial na Savassi, uma área nobre da região Centro-Sul de Belo Horizonte. A polícia conseguiu identificar o autor do crime após ouvir testemunhas que estavam presentes na praça durante o incidente. O jovem, estudante de engenharia mecânica da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), não tinha passagens pela polícia.

Em depoimento à polícia, o jovem assumiu a responsabilidade pelo crime, explicando que agiu em um momento de impulso, acreditando que estava defendendo a mulher de um assalto. A confusão e a falta de informações claras sobre a situação levaram a um desfecho trágico, resultando na morte de um homem que apenas tentava ajudar.

Marvio Blanco Ludolf era um advogado respeitado do Rio de Janeiro e estava em Belo Horizonte para participar de um concurso público para delegado da Polícia Civil de Minas Gerais. Ele já havia sido aprovado em um concurso para delegado em Roraima e estava bem posicionado na primeira fase do concurso da polícia mineira, o que tornava sua presença na cidade ainda mais significativa.

O corpo de Marvio foi levado para o Instituto Médico-Legal (IML) e posteriormente liberado para seus familiares. A morte trágica do advogado levanta questões sobre a violência nas ruas e a necessidade de uma maior conscientização sobre como agir em situações de conflito, além de destacar a fragilidade da vida diante de mal-entendidos e reações impulsivas.