O ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, expressou descontentamento com a gestão de seu sucessor, Fuad Noman, chamando-a de “desastre”. Kalil, que renunciou ao cargo em 2022 para concorrer ao governo de Minas Gerais, criticou as mudanças no secretariado feitas por Noman, afirmando que a administração foi entregue a políticos de qualidade duvidosa.
Kalil também destacou sua insatisfação com a aliança de Noman com o deputado federal Aécio Neves. Segundo ele, essa parceria contradiz os princípios de sua gestão anterior e não atende às expectativas dos cidadãos de Belo Horizonte. Kalil acredita que a inclusão de Aécio Neves na campanha não é bem-vista pela população.
Em vez de apoiar a reeleição de Noman, Kalil decidiu apoiar Mauro Tramonte, candidato do Republicanos, que lidera as pesquisas com 30% das intenções de voto. A decisão de Kalil de se afastar de Noman ocorreu após a formalização da aliança deste último com o PSDB, pouco antes do prazo final para registro de candidaturas.
A relação entre Kalil e Noman, que foi seu vice-prefeito, começou a se deteriorar após a renúncia de Kalil. Inicialmente, os dois mantinham uma convivência pacífica, mas a exoneração de indicados por Kalil e a aproximação de Noman com o Atlético Mineiro, clube com o qual Kalil tem desavenças, agravaram a situação.
Apesar das críticas, Noman afirmou em entrevista que não guarda mágoas de Kalil e vê a situação como um movimento político. Ele reconheceu a importância de Kalil em sua trajetória política e expressou gratidão por ter sido escolhido como vice-prefeito.
Noman destacou que possui o apoio do PSD e de outros seis partidos, minimizando a necessidade de apoio adicional. Ele afirmou que entende as ambições políticas de Kalil para 2026 e que a decisão de Kalil foi puramente política.
A disputa pela prefeitura de Belo Horizonte em 2024 revela as tensões e divergências políticas entre antigos aliados, com Kalil buscando novos caminhos e Noman tentando consolidar sua posição política na cidade.
Comentar